Segundo relato do Prof. Ms. Jairo da
Mota Bastos, sobre o mal como problema filosófico, unidade, um, do Módulo dois,
O mal: um desafio teológico – Filosófico, o problema do mal, é uma questão não
resolvida na existência concreta do ser humano. A humanidade, desde os tempos remotos, já
convivia com esta realidade, é um problema que causa mal estar ao homem, porém,
ele está presente em sua vida há todos os instantes. O grande dilema do homem,
sempre foi essa presença ativa e incomodante que leva o indivíduo, até ficar
sem metas para futuro, uma vez que, tudo será finalizado com a morte. “O mal
sempre foi um problema central na filosofia e na religião” (ESTRADA, 2004,
p.9), todas as religiões perceberam essa existência e, procuraram meios para
neutralizar sua ação com práticas que deixa o homem isolado do mundo, Leibiniz,
trata do mal em três abordagens: O mal metafísico, o mal físico e o mal moral.
O mal metafísico: expõe a
desarmonia humana com a realidade. “Porque o ser humano é descontente e
insatisfeito com a sua experiência histórica e com o mundo”? A indignação do
homem com a existência do mal, só será finalizada na morte, porém, a
permanência, deste, continua presente no contingente. A morte é símbolo, por
antonomásia, do mal metafísico. De acordo com Estrada (2004, p. 12), o homem
como “ser-para-a-morte” sempre foi objeto de reflexão religiosa e filosófica. A
morte é símbolo do mal! Por existir a permanência do mal na natureza, o homem,
sempre procura meios para melhorar o seu ambiente de relacionamento, na busca
por um mundo melhor.
O
mal físico: está
presente na vida dos homens, como também, na vida dos animais, conforme
Estrada:
O sofrimento inerente à vida é aqui o
problema radical, objeto da reflexão filosófica. A quantidade de sofrimento
acumulado na história, a que se somam as catástrofes naturais, as doenças e a
dor causada pelo próprio homem, é angustiante. Será que a evolução humana e o
progresso da sociedade não são possíveis sem dor e sofrimento? Indaga a
compaixão humana como rejeição e não aceitação do mal físico. O que a
racionalidade pode fazer para o minimizar e, até mesmo, o superar? (2004, p.
11).
O mal moral: tem relação com as
ações do homem, a responsabilidade e sua liberdade. O mal moral está na ação da
negação de aplicar as normas estabelecidas, pela livre ação da omissão dos
valores éticos e morais. O mal físico é o sentir a dor insuportável da morte,
esta, é uma realidade e não um mito. O mal moral desperta nas pessoas o desejo
de lutar por um mundo mais justo para todos; os sentimentos de culpa, remorso e
pecado levando-nos à projeção do mal para fora de nós procurando bodes
expiatórios individuais e coletivos nos quais descarregamos nossos pesos.
Prof. Anaildo J. Silva Th. M
ITEP - Instituto Teológico de Ensino e Pesquisa