JERUSALÉM - יְרוּשָׁלַיִם - A CIDADE DO GRANDE REI ATRAVÉS DOS TEMPOS
INTRODUÇÃO
A cidade de Jerusalém é a capital de Israel, sendo a maior cidade de Israel em área e em população do país, ela se estende por 126 quilômetros quadrados e tem uma população de cerca de 750.000 habitantes e está localizada sobre as montanhas da Judéia entre o Mar Mediterrâneo ao Ocidente e o Mar Morto ao Oriente. Jerusalém teve sua origem na história a cerca de 4.000 anos, a 3.000 anos atrás o Rei Davi tornou-a a Capital Eterna do Povo de Israel para nunca mais sair de um dos papéis mais centrais da história da Humanidade.
A cidade de Jerusalém é a capital de Israel, sendo a maior cidade de Israel em área e em população do país, ela se estende por 126 quilômetros quadrados e tem uma população de cerca de 750.000 habitantes e está localizada sobre as montanhas da Judéia entre o Mar Mediterrâneo ao Ocidente e o Mar Morto ao Oriente. Jerusalém teve sua origem na história a cerca de 4.000 anos, a 3.000 anos atrás o Rei Davi tornou-a a Capital Eterna do Povo de Israel para nunca mais sair de um dos papéis mais centrais da história da Humanidade.
A CIDADE SANTA
DESDE SEUS PRIMEIROS DIAS
Jerusalém teve em seus primeiros dias o nome de Jebus, a capital e principal cidade dos Jebuseus, um dos povos canaanitas que viviam na região antes da conquista de Israel e da saída do povo do Egito. Há quem afirme que sua origem seja ainda mais antiga, seus primeiros dias teria sido relatados no livro de (Gn 14.18), onde foi chamada de Shalem a cidade reino de Melquisedek o Rei da Justiça, o significado de Shalem é "Completa" e está intimamente relacionado com dos significados do nome Yerushalaim. Segundo esta visão, o Jebuseus na realidade haviam conquistado a colina hoje conhecida como Cidade de Davi, então chamada Monte Sião, transformando-a em uma cidade que ante servia ao Deus Vivo no centro de culto pagão dos jebuseus, fonte de idolatria caananeia e implantado alí bem próximo, no vale de Hinom o sacrifício de crianças ao deus Molech ( Moleque ), uma representação de Satanás na terra. Este fato representaria a tentativa demoníaca de assumir o trono na cidade do Grande Rei. Esta tese seria a melhor explicação para compreendermos o interesse de Davi por esta pequena cidade no coração da Judéia e no desejo de conquista-la. Davi que podia ter muitos defeitos foi chamado de o Rei segundo o Coração de Deus por buscar incessantemente fazer a vontade do Altíssimo, sendo assim, a conquista de Jebus não passaria de uma obediência a vontade divina e o trazer de volta ao Senhor aquilo que o pertencia. Davi em sua conquista estaria retornando a Cidade Santa ao Senhor. A conquista da Cidade pelas mão de Davi se deu por cerca de 999 A.C e ele a tornou a Capital de seu Reino Unido ( Judá e Israel ).
JERUSALÉM E SUA PROPORÇÕES ATRAVÉS DA HISTÓRIA
A Cidade de Davi tinha somente cerca de 400 metros de comprimento e cerca de 100 metros de largura, sua população não passava de 1.500 habitantes. Esta pequena cidade contava com um pequeno aqueduto no sub-solo que garantia água para a cidade mesmo em secas ou quando estivesse cercada pelos seus inimigos. A conquista de Davi mudou a face da cidade de uma vez por todas, imediatamente após sua conquista Davi iniciou uma série de empreendimentos na cidade, bem como a construção do palácio real e os preparos para a construção do Templo sobre o Monte Moria, a parte mais alta na região norte do Monte Sião. Ainda nos dias de Davi a muralha norte foi desfeita e os limites da cidade expandidos em direção ao Monte Moria, entre as duas colinas, o Monte Sião e o Monte Moria foi construído o palácio real, então a cidade já havia triplicado de tamanho. Ao norte ficava situado o Monte do Templo, ao oriente se estendeu-se até o vale de Cedron, ao ocidente o "Vale dos Fabricantes de Queijo" que nos dias de hoje percorre desde a Porta de Damasco passando junto ao Muro das Lamentações e chegando até a Piscina de Siloé.
JERUSALÉM DURANTE O REINO DE SALOMÃO E SUAS EXTENSÕES.
Jerusalém teve em seus primeiros dias o nome de Jebus, a capital e principal cidade dos Jebuseus, um dos povos canaanitas que viviam na região antes da conquista de Israel e da saída do povo do Egito. Há quem afirme que sua origem seja ainda mais antiga, seus primeiros dias teria sido relatados no livro de (Gn 14.18), onde foi chamada de Shalem a cidade reino de Melquisedek o Rei da Justiça, o significado de Shalem é "Completa" e está intimamente relacionado com dos significados do nome Yerushalaim. Segundo esta visão, o Jebuseus na realidade haviam conquistado a colina hoje conhecida como Cidade de Davi, então chamada Monte Sião, transformando-a em uma cidade que ante servia ao Deus Vivo no centro de culto pagão dos jebuseus, fonte de idolatria caananeia e implantado alí bem próximo, no vale de Hinom o sacrifício de crianças ao deus Molech ( Moleque ), uma representação de Satanás na terra. Este fato representaria a tentativa demoníaca de assumir o trono na cidade do Grande Rei. Esta tese seria a melhor explicação para compreendermos o interesse de Davi por esta pequena cidade no coração da Judéia e no desejo de conquista-la. Davi que podia ter muitos defeitos foi chamado de o Rei segundo o Coração de Deus por buscar incessantemente fazer a vontade do Altíssimo, sendo assim, a conquista de Jebus não passaria de uma obediência a vontade divina e o trazer de volta ao Senhor aquilo que o pertencia. Davi em sua conquista estaria retornando a Cidade Santa ao Senhor. A conquista da Cidade pelas mão de Davi se deu por cerca de 999 A.C e ele a tornou a Capital de seu Reino Unido ( Judá e Israel ).
JERUSALÉM E SUA PROPORÇÕES ATRAVÉS DA HISTÓRIA
A Cidade de Davi tinha somente cerca de 400 metros de comprimento e cerca de 100 metros de largura, sua população não passava de 1.500 habitantes. Esta pequena cidade contava com um pequeno aqueduto no sub-solo que garantia água para a cidade mesmo em secas ou quando estivesse cercada pelos seus inimigos. A conquista de Davi mudou a face da cidade de uma vez por todas, imediatamente após sua conquista Davi iniciou uma série de empreendimentos na cidade, bem como a construção do palácio real e os preparos para a construção do Templo sobre o Monte Moria, a parte mais alta na região norte do Monte Sião. Ainda nos dias de Davi a muralha norte foi desfeita e os limites da cidade expandidos em direção ao Monte Moria, entre as duas colinas, o Monte Sião e o Monte Moria foi construído o palácio real, então a cidade já havia triplicado de tamanho. Ao norte ficava situado o Monte do Templo, ao oriente se estendeu-se até o vale de Cedron, ao ocidente o "Vale dos Fabricantes de Queijo" que nos dias de hoje percorre desde a Porta de Damasco passando junto ao Muro das Lamentações e chegando até a Piscina de Siloé.
JERUSALÉM DURANTE O REINO DE SALOMÃO E SUAS EXTENSÕES.
Durante seu reino a cidade atinge a população de cerca de 6.000
habitantes. Salomão constrói o Primeiro Templo de Jerusalém tornando-a Capital
do Reino Unido de Israel e Centro Espiritual do país. 700 anos após o Reino de
Melquizedek Jerusalém volta a ser o Centro Espiritual de adoração a ADONAI.
As construções de Salomão e sua
sabedoria atraem para a cidade pessoas do mundo inteiro, artesãos, engenheiros
e mão de obra especializada além de reis, príncipes e magos, porém os limites
pouco se alteraram desde o fim do reinado de Davi seu pai.
COMPREENDENDO SEU SIGNIFICADO
Se associarmos as palavras IR ( עיר ), que significa cidade a palavra
Shalem ( שלם ) obteremos IRSHALEM, acrescentando-se (dele) ou seja a Cidade
dele é de Paz (Pazes) = IROSHALAIM obteremos a escrita עירושלים que seria a
origem de ירושלים. Há porém muitas outras teses para o significado desta cidade
mas é bem provável que este nome revele uma das características mais marcantes
desta cidade, o fato de ter sido conquistada, dividida, reunificada, local de
conflitos, morte, vida e ressurreição. Não há nenhum outro lugar no mundo
inteiro tão disputado como Jerusalém nestes poucos quilômetros quadrados na
região central das montanhas da Judéia.
Com a morte de Salomão e a subida ao poder de Roboão seu filho, ocorreu
o cumprimento da profecia da divisão do reino em dois, Juda e Israel, sendo que
Roboão em Jerusalém reinava somente sobre Juda. Por esta causa a cidade quase
não se desenvolveu por centenas de anos, situação que mudou quando os Assírios
conquistaram o Reino de Israel (O Reino do Norte) em 722 A.C. e parte da
população da região migrou para as cidades da Judéia, para Jerusalém em especial.
Sua população começou a aumentar rapidamente e muitos da região começaram a
viver do lado de fora das muralhas. Por causa da pressão da Assíria e suas
tentativas em conquistá-la, a cidade foi ampliada afim de incluir dentro de
suas muralhas os novos bairros, sua expansão se deu no ano de 701 AC. A cidade
havia se expandido em direção a Colina Ocidental, conhecida hoje como Monte
Sião, onde hoje se encontram as igrejas de Galo Cantus, Dormição e a Porta de
Sião na atual cidade velha, além disso se expandiu para onde hoje é o
Quarteirão Judaico até a Muro Largo citado no Livro de (Ne 12.38) que foi
descoberto pelos arqueólogos e pode ser visto nos dias de hoje com cerca de 65
metros de extensão e 7 metros e meio de largura. Foi durante este período de
expansão que o Rei Ezequias deu ordem para escavar o aqueduto que desviaria as
águas de Gião (Gihon) até a piscina de Siloé no sul da Cidade afim de garantir
neste reservatório um grande abastecimento mesmo em períodos de cerco.
Antes do aqueduto subterrâneo as
águas se dirigiam pelo pequeno aqueduto feito pelos cananeus em direção ao
oriente afim de regar as plantações dos jebuzeus que ficavam no vale de Cedron.
As águas brotam além, dentro no coração da terra em uma câmara ( cisterna )
chamada Fonte de Gião ( Gihon ), neste mesmo local Salomão foi ungido Rei de
Israel a cerca de 2.950 anos atrás por ordem de Davi seu pai e sob a presença
do Sumo Sacerdote e o secretário do rei. Este local pode ser visitado nos dias
e faz parte do Parque Arqueológico da Cidade de Davi. Deste local Salomão, que
tinha apenas 7 anos subiu sobre um jumentinho até o plácio real a cerca de 100
metros de distância onde acompanhado pelo povo assentou-se no trono de seu pai.
Com a construção do aqueduto foi também construída a Piscina de Siloé ( Brichat
Shiloach )para abrigar suas águas no sudoeste da cidade. Com a finalização
destas obras, a cidade pode se expandir melhor em direção ao ocidente, pois seu
abastecimento foi garantido. Houve uma expansão em torno da Colina Ocidental e
escavações arqueológicas indicam que no norte desta colina foi construída uma
grande torre provavelmente no final do período dos reis de Juda. Após esta
expansão a cidade chegou a abrigar uma população de cerca de 20.000 habitantes.
No ano de 586 A.C. a cidade foi conquistada pelas mãos dos Babilônios
sob o comando de Nabucodonozor seu rei. Os babilônicos deportaram a população
da cidade, destruíram Jerusalém e roubaram suas relíquias. A cidade ficou
praticamente abandonada por cerca de cinqüenta anos quando no ano de 538 A.C.
Adonai mudou novamente o rumo da historia, despertando a Ciro, rei da Pérsia
para dar ordens aos judeus de reconstruírem a cidade e retornarem para sua
terra. Desde então inicia-se o período dos "Os que voltam a Sião",
sob o comando de Esdras e Neemias. Infelizmente, somente um pequeno número
voltou a cidade no início do período o que dificultava sua restauração. Mesmo
em pequeno número sua população começou a reconstruir o que hoje é conhecido
como o Segundo Templo.
OS MACABEUS (
MACABIM, HASHMONAIM )
Segundos os arqueólogos, houve um crescimento dramático na cidade no
perído da revolta dos macabeus no anos de 167 A.C. e a reconquista da cidade
pelas mãos dos judeus. Com a subida da família dos Hashmoneus ao poder sob o
governo de Simão e Jônatas Macabeus, a cidade voltou a ser a Capital de Israel
e a prosperidade voltou a Cidade Santa, que voltou a ser a capital do país.
Neste período foram realizadas grandes obras, entre elas foi determinado o
perímetro da esplanada do Templo de Jerusalém com 250 metros de extensão, do
lado ocidental a cidade chegou ao vale de Hinom até onde hoje fica a atual
Torre de Davi, além disso foram construídas ruas largas e praças ao modelo de
cidades gregas da época. Com toda esta mudança começaram a voltar para Israel
milhares de judeus que estavam espalhados por todo mundo e a cidade voltou a
ser o centro administrativo e espiritual do povo de Israel. Este período de
independência sob a liderança dos macabeus foi interrompido no ano de 63 A.C
com a conquista da Terra Santa pelas mão dos romanos.
Em 37 A.D. os romanos nomearam a Herodes como rei da Judéia, Herodes na
realidade era um Edomeu(Edom) que havia sido escravo e segundo a tradição havia
se "convertido ao judaísmo". Herodes iniciou um período sem
precedentes na história da cidade, sendo o maior construtor da cidade na
antiguidade. Suas obras se expandiram até mesmo no anos de 44 A.D sob o comando
de Agripas seu neto. Durante este período a cidade tomou proporções tão grandes
que somente no final do século XIX voltou a tomar. Neste período foram
realizadas grandes obras na esplanada do templo bem como a Construção do
Segundo Grande Templo de Jerusalém, ou melhor o Templo de Herodes. Foram
construídas alí duas grandes fortalezas, a de Antônia ao norte onde Yeshua (
Jesus ) foi julgado e condenado e a de Silicia ao sul da esplanada. No lado
ocidental da cidade Herodes construiu ali seu palácio com três grandes torres,
uma das quais permanece de pé até o dia de hoje e é chamada de Torre de Davi, a
cidade se expandiu ocupando todo o quarteirão cristão dos dias de hoje. Hoje no
local chamado Torre de Davi está o museu da Torre de Davi aberto a visitas no
mesmo local onde no passado estava o palácio de Herodes. Durante o período de
Agripas a cidade se expandiu ainda mais chegando até mesmo onden hoje está o
campo dos russos que fica na parte ocidental da cidade, fora das muralhas
atuais. Ao oriente a cidade se expandiu até abaixo do Vale de Cedron onde hoje
fica o consulado oriental dos Estado Unidos onde há ruínas de uma muralha deste
período. Neste período a cidade tinha o dobro do tamanho da cidade velha nos
dias de hoje e acredita-se que viviam nela cerca de 100.000 habitantes. No
Bairro Herodiano que fica no quarteirão judaico podem ser vistas ruínas deste
período da história, o museu da casa queimada e fazem parte deste período
locais famosos como o Muro Ocidental ( O Muro das Lamentações ), as portas e
escadarias de Hulda no parque arqueológico do Ofel, a Esplanada do Templo, a
torre herodiana no Museu da Torre de Davi e ruínas da Fortaleza de Antônia no
Monte do Templo.
A GRANDE REVOLTA
A revolta judaica teve início no ano
de 66 A.D e se estendeu até o verão de 70 A.D. quando a cidade foi conquistada
pelos romanos, o templo e suas casas foram queimadas e seus muros derrubados.
Durante este período muitos dos judeus se esconderam em seus canais de esgotos
subterrâneos e fugiam durante a noite para fora da cidade. Os romanos
decretaram que os judeus não poderiam morar na região e o palácio de Herodes
passou a abrigar a décima legião romana que montou onde hoje é o quarteirão
armênio nos dias de hoje, um campo de treinamento militar.
No ano de 130 A.D. Adriano determinou
a construção de uma cidade a deuses pagãos sobre as ruínas de Jerusalém, o que
provocou a revolta de Bar Koba entre 131 e 135 A.D. que foi reprimida e
controlada. Com o fracasso da tentativa de retomar o sonho de um país livre das
mão romanas, conclui-se a construção de Haelia Capitolina no lugar de Jerusalém.
A partir do domínio romano na cidade, começou-se a construir Haelia
Capitolina sobre as ruínas da antiga cidade e segundo a tradição, de forma
quadrangular onde duas ruas principais cruzavam a cidade, uma delas é o Cardo
cuja rua pode ser vista ainda e o piso original pode ser visitado no quarteirão
judaico nos dias de hoje. O Cardo era uma rua mercado e abrigava o comércio da
região. Hoje no local pode ser visto uma reprodução do mosaico de Madba na
Jordânia que revela um mapa da cidade neste período além do visitante poder
caminhar entre as colunas e lojas desta época. As muralhas desta nova cidade
romana foram construías por volta do século III e permaneceram como base da
antiga cidade até o final do século XIX, sofrendo diversas alterações e
reformas através de diversos períodos da história. Com a transformação do
Império Romano em um novo império cristão, a cidade voltou a ter grande
importância espiritual, atraindo para si muitos peregrinos, sendo considerada o
centro espiritual do Império Bizantino Oriental. Durante esta época, diversas
obras religiosas foram realizadas na cidade, bem como muitas igrejas, entre
elas, a primeira igreja cristã em Jerusalém que foi recentemente descoberta bem
abaixo da esplanada da Porta de Jaffa ( Yafo, Jope ). Durante o ano de 450 A.D.
a imperatriz Audocia determinou a construção de uma nova muralha que cerca-se o
complexo religioso construído no Monte Sião, onde estão a Igreja da Dormição, a
Igreja de Siloé, a Casa de Caifas ( Sinédrio ), o Cenáculo e o Túmulo de Davi.
A maior parte desta muralha foi praticamente destruída durante o grande
terremoto ocorrido no ano de 1033 na região. Nos dias de hoje, parte de suas
ruínas podem ser vistas não muito longe da Porta do Lixo, a porta mais próxima
ao Muro das Lamentações e a entrada da Cidade de Davi. Por volta do século III
a população da cidade chegou a 80.000 habitantes, marcando o auge no período
cristão de Jerusalém. O imperador Justinianus construiu nesta uma igreja
gigante conhecida como Henia Maria e ampliou a rua Cardo que cortava a cidade
de norte a sul. O período da dominação cristã em Jerusalém perdurou até o ano
de 638 A.D. com a primeira conquista muçulmana da cidade, cujo objetivo era
converter sua população e dominar sobre o mundo inteiro. Por causa da rendição,
a população não foi obrigada a abandonar a cidade e esta também não foi
destruída. Desde então cidade passou a chamar-se Haelia e ficou sob o domínio
de diversos califas, a primeira dinastia chamava-se Unia e foram eles que
iniciaram a construção das mesquitas de Al-Aksa e Omar Al-Sharif ( Domo da
Rocha ) e na região do Ofel, mais ao sul do Monte do Templo, diversos palácios
foram construídos, inclusive a moradia do "Senhor do Mundo" como se
alto denominavam os calífas desta época. Por causa destas grande obras,
Jerusalém passou a ser considerada pelos muçulmanos como uma cidade santa e
tomou o lugar de terceira maior importância para os muçulmanos em todo mundo.
Porém seu limites não mudaram até o final do século XIX.
JERUSALÉM SOB DOMÍNIO ÁRABE
JERUSALÉM SOB DOMÍNIO ÁRABE
A cidade ainda experimentou um período de prosperidade durante os
séculos VII e VIII, mas a população cristã era constantemente oprimida e
obrigada a conversão. A Primeira Mesquita de Al-Aksa durou até o grande
terremoto de 1033 A.D. quando foi totalmente destruída e uma nova mesquita foi
construída sobre os escombros da primeira. A dominação muçulmana durou até o
ano de 1088 A.D. quando os cruzados chegaram a região e conquistaram a Cidade
Santa.
A cidade Santa esteve nas mão dos cruzados por cerca de 88 anos e
recebeu importância máxima, se tornando a capital do Reino de Jerusalém que
abrangia boa parte do território de Israel. Novamente milhares de peregrinos
começaram a fluir para a região. Durante este período diversas igrejas foram
construídas e outras reconstruídas devido ao abandono durante o período da
dominação muçulmana na região. A igreja do Santo Sepulcro foi construída no ano
de 1140 A.D. Na mesma época foram construídas a Igreja de Santa Ana, junto ao
tanque de Betesda e duas novas fortalezas onde hoje é o Museu da Torre de Davi
além disso há indícios de um pedaço da muralha na região do Ofel, ao sul do Muro
das Lamentações.
Em outubro de 1187 A.D. a cidade se render a Salah A-Din, permanecendo
nas mãos dos muçulmanos até o ano de 1917 A.D. Em 1229 A.D. o governante
muçulmano fez um acordo com o império latino cristão, afim de que os cristãos
pudessem viver ali na parte centra e ocidental da cidade além de um corredor
seguro para os cristãos chegarem ao porto de Jope no litoral do mediterrâneo. A
situação de status cuo dos cristãos durou apenas 15 anos com a subida ao poder
dos mamelucos.
O período dos mamelucos na região durou até o ano de de 1517 A.D com a
conquista do Império Turco Otomano. Durante o período mameluco foram
construídas diversas escolas islâmicas e seminários e a cidade continuo a se
expandir.
Os turcos dominaram a região até o ano de 1917 quando perderam a Batalha
de Jerusalém para o Império Britânico em sua conquista da Terra Santa e o
novamente o sonho de uma dominação cristã na região. Durante o Império Turco
Otomano surgiram os primeiros bairros fora das muralhas, o Campo dos Russos e o
Mishkanot Shaananim na região do Montifiori. Até esta época muitos temiam morar
fora da cidade, a causa para isto éra os constantes saques que os árabes da
região faziam nas casas dos novos moradores. Nos dias de hoje, Mishkanot
Shaananim é um dos bairros mais nobre da cidade tendo vista para as muralhas
ocidentais da cidade.
Em 1917, com a vitória britânica sob o comando do General Alemby que
prevaleceu sobre as forças turcas e a expulsão destes da região, iniciou-se um
crescente movimento para reforçar o sonho de uma nova nação para judeus após
cerca de 2.000 anos de história. Os primeiros movimentos de imigração começaram
no final do século XIX e a população judaica da região vinha se estabelecendo
cada vez mais. O Quarteirão Judaico estava em pleno progresso até o ano de
1947, quando sob o plano de partição das Nações Unidas, os jordanianos
expulsaram sua população judaica e destruíram as casas dos judeus, além de
proibir o acesso aos lugares santos, em especial o Muro das Lamentações. Com a
proclamação do Estado de Israel no ano de 1947, cresceu a esperança da
restauração de Jerusalém, em 1949 Israel declarou Jerusalém sua Capital após
2.000 anos de história, mas a cidade foi unificada no ano de 1967, quando na
Guerra dos Seis Dias, após sangrentas batalhas na região, novamente o Povo de
Israel pode entrar na cidade e chegar ao Muro das Lamentações. Os árabes que
haviam limitado o acesso dos cristãos aos locais santos e impedido
completamente aos judeus o acesso ao Muro das Lamentações, agora, junto com
toda a população podem ter acesso aos seus lugares santos. Desde então
Jerusalém têm expandido seus limites recebendo grandes verbas que possibilitam
grandes obras afim de favorecer a empreendimentos de grandes empresas de alta
tecnologia, empresas e serviços de turismo e os sítios arqueológicos têm sido
recuperados e abertos ao grande público, Jerusalém aos poucos têm voltado a sua
posição mundial, agora sob o domínio do povo de Israel dois mil anos após seu
exílio, um verdadeiro milagre que nossos olhos podem presenciar nos dias de
hoje.
©
Anaildo J. da Silva, 2014
Prof.
Anaildo Silva Th. M
Jornalista Profissional
Itep Raboni – Instituto Teológico de Ensino e Pesquisa