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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ebenezer ou Azivat Tzerta (Zerta)

Ebenezer ou Azivat Tzerta (Zerta)

Diretor do Cafetorah

Azivat Zerta são as ruínas de um assentamento pequeno e antigo local arqueológico no meio de um bosque, entre Rosh Haain e Kfar Qasem, não muito longe da cidade antiga de Afek.
O nome Azivat Zerta significa que o lugar foi abandonado, este era um assentamento sazonal utilizado pelo fellahin(antigos moradores árabes) durante o plantio e colheita nas estações. Esta era uma solução temporária, já que provavelmente em terras que pertenciam à aldeia árabe Zerta , localizada perto de Barkan cerca de 13 quilômetros a leste da parte superior do riacho.
Escavações arqueológicas realizadas no site Prof Moshe Kochavi e Israel Finkelstein da Universidade de Tel Aviv encontraram restos do X século 10 AC e de períodos anteriores XII ou XIII AC, e identificou três períodos de habitação nas escavações. a partir do momento da colonização de Israel. entre outras descobertas, no local foi achado uma casa de quatro cômodos, típica do período israelita, e silos, indicando a economia dos moradores que viveram ali, provavelmente, os primeiros agricultores.
Endereço encontrado no site chamado "endereço Ebenezer", e ela gravou o Ceramica e contém todas as letras do mil - Moradia em escrever Proto - cananeu . Abordar a importância de se estudar o alfabeto antigo.
Em 2007 o site foi renovado por estudantes na parte superior do riacho, em cooperação com o Fundo Nacional Judaico. No local foi colocado nova sinalização, explicando os resultados em seu lugar da pesquisa arqueológica.
Ebenezer
Muitos identificam Azivat Zerta com localização de Ebenezer mencionado na Bíblia, Ebenezer foi relacionada na Bíblica com o sentido de Pedra de Apoio, "auxiliando" a grande tribo de Efraim, que foi localizada na região montanhosa.
Como descrito no Livro de Samuel, os filhos de Israel estavam em guerra contra os filisteus, eles estacionaram num lugar chamado "Ebenezer", enquanto os filisteus estavam acampados em Afek. O texto bíblico não está claro se isso foi uma guerra defensiva contra a agressão filistéia ou vice-versa, mas, aparentemente, a colisão foi o resultado da experiência dos habitantes das Montanhas de Efraim e eles foram abalados pela predominância dos filisteus.
E veio a palavra de Samuel a todo o Israel; e Israel saiu à peleja contra os filisteus e acampou-se junto a Ebenézer; e os filisteus se acamparam junto a Afeque.
E os filisteus se dispuseram em ordem de batalha, para sair contra Israel; e, estendendo-se a peleja, Israel foi ferido diante dos filisteus, porque feriram na batalha, no campo, uns quatro mil homens.
E voltando o povo ao arraial, disseram os anciãos de Israel: Por que nos feriu o Senhor hoje diante dos filisteus? Tragamos de Siló a arca da aliança do Senhor, e venha no meio de nós, para que nos livre da mão de nossos inimigos.
Enviou, pois, o povo a Siló, e trouxeram de lá a arca da aliança do Senhor dos Exércitos, que habita entre os querubins; e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, estavam ali com a arca da aliança de Deus.
E sucedeu que, vindo a arca da aliança do Senhor ao arraial, todo o Israel gritou com grande júbilo, até que a terra estremeceu.
E os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a arca do Senhor era vinda ao arraial.
Por isso os filisteus se atemorizaram, porque diziam: Deus veio ao arraial. E diziam mais: Ai de nós! Tal nunca jamais sucedeu antes.
Ai de nós! Quem nos livrará da mão desses grandiosos deuses? Estes são os deuses que feriram aos egípcios com todas as pragas junto ao deserto.
Esforçai-vos, e sede homens, ó filisteus, para que porventura não venhais a servir aos hebreus, como eles serviram a vós; sede, pois, homens, e pelejai.
Então pelejaram os filisteus, e Israel foi ferido, fugindo cada um para a sua tenda; e foi tão grande o estrago, que caíram de Israel trinta mil homens de pé.
E foi tomada a arca de Deus: e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, morreram.
1 Samuel 4:1-11
A votória dos Filisteus foi grande e indícios arqueológicos em Tel Shilo, a Siló da Bíblia demonstram que a cidade foi realmente atacada e incendiada por volta do século XI AC, exatamente conforme o relato bíblico.
A Batalha de Ebenezer foi considerado um ponto de viragem na luta entre Israel e os filisteus e provavelmente marca o início de um período em que os filisteus foram capazes de penetrar para o leste, na profundidade de Efraim, Benjamim e aumentar seu controle sobre Israel. Um lugar chamado "Ebenezer" é mencionado novamente no Capítulo Sete Livro de Samuel, como uma memória da vitória de Israel sobre os filisteus mais tarde, mas, não se sabe se há alguma ligação entre os dois lugares.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Transexualismo deve sair da lista de doenças mentais

01/12/2013 - 01h45


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CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO

A advogada e empresária Márcia Rocha, 47, é travesti. Usa próteses de silicone, tem pênis e se autodefine como bissexual. Foi casada duas vezes com mulheres e tem uma filha de 18 anos.

O webdesigner Leonardo Tenorio, 23, nasceu mulher, mas desde a adolescência se sente homem. Com o uso de hormônio masculino, ganhou barba e esconde os seios sob uma faixa apertada. Agora, ele briga com o plano de saúde pelo direito de fazer uma mastectomia.

Ambos estão prestes a obter uma conquista histórica: deixar de serem classificados como doentes mentais. Hoje, o manual que orienta os psiquiatras considera transexualismo (que passou a se chamar incongruência de gênero) um transtorno.
Mas a nova versão da lista de doenças que orienta a saúde em todo o mundo, a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças), editada pela Organização Mundial da Saúde, deverá eliminar isso.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
Vários comportamentos tidos hoje como transtornos, como o sadomasoquismo e o travestismo fetichista, serão varridos da CID. Outros, como o transexualismo, vão mudar de categoria.

Os trans, por exemplo, vão ganhar um novo capítulo, longe das doenças, que deve reunir outras "condições relativas à sexualidade", ainda a serem definidas.
A ordem é "despatologizar" o sexo. "Comportamentos sexuais que são inteiramente privados ou consensuais e que não resultem em danos às outras pessoas não devem ser considerados uma condição de saúde. Não há razão para isso", disse à Folha Geoffrey Reed, diretor de saúde mental da OMS.

Reed esteve em São Paulo em encontro para discutir pesquisas e análises que serão feitas no país sobre as novas propostas. No Brasil, a coordenação dos trabalhos é da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Zé Carlos Barretta/Folhapress
Leonardo Tenorio, 23, se sente homem desde a adolescência
Leonardo Tenorio, 23, se sente homem desde a adolescência

Segundo Reed, a ideia é reduzir preconceitos e facilitar o acesso a terapias a quem realmente precisa delas.
"Por que nós, trans, precisamos de um diagnóstico? Por que precisa de um médico para dizer que a pessoa é o que ela é? Nosso direito de autonomia é totalmente ceifado com essa atual patologização", diz Tenorio, presidente da Associação Brasileira de Homens Trans.

POLÊMICA

A questão, porém, é complexa. Existe o temor que ao, perder a classificação de doença, esses comportamentos deixem de ser cobertos pelos sistemas de saúde. No Brasil, por exemplo, os transgêneros têm direito a cirurgias de mudança de sexo e outras terapias no SUS.
"Estamos analisando o impacto nas leis da mudança de diagnóstico como um todo para evitar qualquer eventual prejuízo ao acesso aos serviços de saúde", afirma a psiquiatra Denise Vieira, uma das coordenadoras brasileiras da revisão da CID na área de saúde sexual.
Para a cirurgia de troca de sexo no SUS, por exemplo, a pessoa precisa ser avaliada, dois anos antes, por uma equipe de psiquiatra, cirurgião, psicólogo, endocrinologista e assistente social.
Zé Carlos Barretta/Folhapress
A advogada Márcia Rocha, 47, travesti e bissexual
A advogada Márcia Rocha, 47, travesti e bissexual

Segundo os médicos, o cuidado é porque, se feita em pacientes sem o diagnóstico de transexualismo, pode resultar em distúrbios psíquicos graves e até levar ao suicídio.
Mas a burocracia só ocorre no SUS, segundo a advogada Márcia Rocha, que estampa em seu registro profissional o nome de Marcos Fazzini da Rocha.
"Quem tem dinheiro consegue colocar ou tirar o que quiser", afirma ela, integrante da comissão de direitos da diversidade sexual e combate à homofobia da OAB/SP, citando os próprios seios.

CRIANÇA TRANS

Outra polêmica em curso é o diagnóstico da criança trans. Há grupos que defendem que elas não sejam rotuladas como tal na infância porque estudos mostram que, no futuro, muitas tendem a ser gays ou lésbicas, e não transexuais.
Para o psiquiatra Jair de Jesus Mari, professor titular da Unifesp, ainda há várias questões no campo da sexualidade que devem ser levantadas até a conclusão da revisão da CID-11, prevista para ser publicada em 2015.
"Não há um conceito biológico claro do que são transtornos mentais ou de sexualidade. Não vamos dar conta de toda a complexidade do comportamento humano."




Psicólogo americano separa pessoas em quatro perfis segundo formas de pensar

Livros de psicologia em tom de autoajuda têm inundado o mercado, trazendo ao leitor a promessa do autoconhecimento e propondo nova teorias. "Top Brain, Bottom Brain" (Cérebro de Cima, Cérebro de Baixo) é mais um deles, mas possui uma diferença: seu autor é Stephen Kosslyn, um psicólogo que de fato tem respeito na comunidade acadêmica.

Tendo trabalhado como professor nas universidades Harvard e Stanford, nos EUA, ele propõe um novo esquema para explicar de onde surgem as diferenças entre as pessoas em seus modos de pensar.
O livro também desmistifica a maneira como a cultura popular aborda a questão, separando pessoas entre os tipos "criativo" ou "racional" --associados ao lado direito e esquerdo do cérebro, respectivamente. Kosslyn explica por que considera essa noção simplista antes de detalhar sua própria teoria.
Com o jornalista G. Wayne Miller, seu coautor, o psicólogo argumenta que um corte "horizontal" no cérebro (dividindo-o entre as partes de cima e de baixo) é mais eficaz para mapear diferenças na forma como cada pessoa interage com o mundo.

Em vez de um hemisfério "criativo" contraposto a outro "racional", obtêm-se duas áreas com igual capacidade de intuição e raciocínio. Nesse caso, a distinção é que um deles é "executivo/planejador", enquanto o outro é "observador/perceptivo".

Como cada pessoa pode dar ênfase a uma das duas áreas, a ambas ou a nenhuma, Kosslyn conjectura que existam quatro tipos de pessoas, cada uma exibindo um "modo cognitivo" distinto.
"Se seu interesse é evoluir pessoalmente, socialmente ou nos negócios, acreditamos que compreender e considerar nossa 'Teoria dos Modos Cognitivos' pode beneficiá-lo", escrevem Kosslyn e Miller na introdução do livro. Ao fim, o leitor é convidado a preencher um teste que revela qual é seu modo predominante (veja quadro).

O tom de autoajuda em certos trechos do livro destoa da contracapa, na qual Robert Sapolsky e Steven Pinker, dois dos intelectuais mais respeitados da área, endossam o trabalho de Kosslyn.
Editoria de Arte/Folhapress

QUATRO DIREÇÕES

Pinker, que descreve Kosslyn como "um dos maiores neurocientistas cognitivos" da atualidade, afirmou à Folha que não vê o livro como algo que invalide a divisão de funções entre os lados esquerdo e direito do cérebro --algo que existe, mas de modo mais sutil do que a cultura popular apregoa.

"As pessoas terem diferenças ao longo do eixo de cima para baixo do cérebro não tem nada a ver com elas poderem ter diferenças ao longo do eixo da esquerda para a direita", disse Pinker.
Em "Top Brain, Bottom Brain", a maior crítica à divisão lateral do cérebro é que a psicologia experimental falhou em comprovar a existência de um cabo de guerra entre os lados esquerdo e direito do cérebro, com a racionalidade tentando se sobrepor à intuição, e vice-versa.

A divisão cerebral entre andar de cima e andar de baixo seria mais flexível, por isso dá origem a quatro subtipos de pessoa, não apenas dois. Isso não impede Kosslyn de entrar em terreno delicado, quando defende que o "modo cognitivo" dominante de cada pessoa é parcialmente determinado pela genética.
Enquanto pessoas no modo "condutor" teriam propensão à liderança, aqueles em modo "adaptador" seriam bons companheiros de equipe, ideais para implementar planos que não são seus.
Seriam esses últimos, então, destinados à posição de subserviência, como as castas inferiores de "Admirável Mundo Novo"? "Espero que não", disse Kosslyn à Folha.

"A contribuição genética, que se dá principalmente pelo temperamento, é minoritária", afirma o psicólogo. "Você não está aprisionado pelos seus genes, mas é bom que esteja ciente de ter certo temperamento e que isso pode estar influenciando-o."

Kosslyn, por fim, não exibe sua teoria como trabalho completo; ele ainda busca psicólogos experimentais dispostos a testá-la. O livro, diz, já despertou esse interesse.




  


POR RAFAEL GARCIA
DE SÃO PAULO




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