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terça-feira, 27 de outubro de 2015

HINDUÍSMO

Rio Ganges, imagem do hinduísmo

Onde hoje está o Paquistão, há cerca de 7 mil anos começou a desenvolver-se a cultura harappa, a mais antiga do vale do Indo. Ela possui uma escrita que até hoje não foi decifrada.

A sociedade indiana estruturou-se em castas entre 1700 e 1200 a.C., seguindo preceitos religiosos dos Vedas – do qual trataremos em outra oportunidade – que defendia a predestinação das pessoas a classes sociais. Persiste uma forte religiosidade na cultura indiana, em que as pessoas, durante toda a vida são regidas por um profundo sentido do sagrado, desde seu nascimento em uma casta até os mais simples gestos do cotidiano. 

Atualmente, cerca de 80% dos indianos são hindus, ou seja, seguidores do hinduísmo como religião. Todavia, o nome "hinduísmo" para se referir à religião dos indianos foi cunhado pelos europeus; na antiga língua da Índia, o sânscrito, o nome dessa religião é Sanatana Dharma, que pode ser traduzido como "Ordem Eterna". 

Trata-se de uma ordem universal, ampla, à qual todos devem obedecer, independente de casta ou classe social. Segundo Kung (2004), Mahatma Gandhi empregou muitas vezes esse nome, que traz o conceito de ordem, lei e dever. O hinduísmo é uma religião com mais de 700 milhões de fiéis, que convivem com cerca de 110 milhões de muçulmanos, 20 milhões de cristãos e também pessoas de outras religiões, como judeus, jainistas e budistas. 

Como afirmam Poli e Sandhu (1998), os hindus são mestres de oração e meditação, exímios em mover a vida por meio de rituais e práticas religiosas que lhes conferem unidade e diversidade. Contudo, o hinduísmo é também regra para o indivíduo viver em sociedade. Vale ressaltar que, nos caminhos povoados de divindades, muitas vezes são possíveis manifestações radicais que contestam a fragilidade do corpo e desafiam a ordem política. Está nesse sentido a proposta de Gandhi. Ele foi um indiano hindu do século 20, que se dedicou à defesa dos direitos humanos por intermédio da não violência ativa. Ele uniu os princípios éticos hindus da Bhagavad-gita com o Sermão da Montanha do cristianismo. 

Vejamos uma afirmação de Gandhi: "O Ganges dos direitos nasce no Himalaia dos deveres" (apud KUNG, 2004, p. 95). Desse modo, ele dava um passo à frente da Declaração universal dos direitos do homem, formulada pelas Nações Unidas em 1948. Dessa forma, com inspiração no sagrado rio Ganges, propunha uma consciência mundial que chamasse a humanidade para os princípios éticos universais. 

O rio Ganges, na concepção hindu, personifica a deusa Mãe Ganga. Desce das montanhas do Himalaia em uma grande torrente, mas desliza calmo, lento e perseverante, permanecendo sempre o mesmo. É um rio que fecunda. Entretanto, às vezes, arrasta tudo tempestuosamente, tornando-se barrento e opaco. Modifica-se, transborda, submerge o que encontra. Depois de percorrer 2700 quilômetros, deságua no golfo de Bengala. O Ganges é imagem do próprio hinduísmo, religião da harmonia, lei e dever, que tem mais de quatro mil anos de história.


Prof. Anaildo Silva
Jornalista Profissional 

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O PROFETA OSÉIAS


Oséias iniciou se ministério profético em um período marcado por um decadência espiritual, social e crise política. Há dois séculos o reino teia sido dividido, reino do Norte, Israel e reino do Sul, Judá. A partir deste momento, o reino do norte entrou em uma decadência moral e espiritual muito profunda, o rei Jeroboão I, mandou fazer bezerros de ouros e colocá-los nos limites de Israel, pensando ele, segurar os israelitar para não irem a Jerusalém nas principais festa do ano, desta forma, não correria o risco do povo voltarem ao de Judá. Jeroboão II morreu em 752 a.C., Ezequias subiu ao trono em 728, somando alguns anos, o período de tempo sugere aproximadamente 755-725 a.C., embora sejam dados nomes dos reis de Judá com a finalidade de localizar a época, e Judá seja mencionado no livro, a profecia é dirigida ao Reino do Norte, Israel (Os 1.4,6,10; 3.1; 4.1,15), dirige-se a ele como “Efraim” (que significa fértil) trinta e sete vezes, em virtude da poderosa tribo do centro oriunda do muito abençoado filho de José. Champlin escreve o seguinte: 

Efraim tornou-se a tribo mais poderosa do norte, pelo que esse nome pode representar toda a nação do norte. Efraim é mencionado 36 no livro de Oséias nesse sentido representativo [(Os 5.3,5; Is 7.2,5,8,9,17), CHAMPLIN p. 3457]. 

O Senhor dera a Israel grande expansão até Damasco, sob o reinado de Jeroboão II, sem dúvida foi uma dádiva especial da graça de Deus que queria levá-los ao arrependimento (II Rs 14.25-28). Se analisarmos tanto o ponto de vista religioso ou moral, Israel havia descido ao ponto mais baixo, os sacerdotes uniram-se aos salteadores e assassinos nas estradas (Os 6.9). Despreparados moralmente a ponto de sacrificarem crianças e se prostituírem em forma de culto. Os profetas Jonas e Amós haviam falado para aquela geração, Amós fora enviado de Judá para condenar Israel em termos fustigantes por sua corrupção moral, indiferença religiosa e por não atender a repreensão. Contudo o ministério de Amós foi curto e explosivo, enquanto que o de Oséias foi longo e paciente, como de um pastor que implora e derrama lágrimas por um rebanho enlouquecido a caminho da destruição. Assim, descobrimos o objetivo do livro de Oséias, que é o de registrar a chamada divina final ao arrependimento do indiferente Reino do Norte que afunda na desgraça, com isto descreve-se o estado abominável da nação que, a semelhança de sua esposa tinha-se entregue à prostituição. Fala do amor inextinguível do Senhor que derramou lágrimas diante da alienação de Israel e estava pronto a receber o povo de volta para a aliança mediante arrependimento. 

Deus havia mandado Oséias tomar como esposa uma mulher que provou depois, ser inteiramente infiel, e que sofreu em grande medida as consequências de sua conduta. Que a narrativa é histórica não precisamos duvidar, porque não há motivo para considerar em parábola aquilo que as Escrituras narra como fato. Considerando este fato, vamos notar os nomes dos três filhos de Oséias: Jezreel, Lo-Ruama e Lo-Ami. Estes foram sinais para o povo, como também foram os filhos de Isaías. O Senhor deu instruções claras ao seu profeta sobre como dar nomes aos seus filhos. Sua intenção, mediante o sentido dos três nomes, era a de revelar a sua atitude ao seu povo.

Oséias (הושע) Hoshe’a, significa “salvação ou livramento”. A forma hebraica desse nome é “Hoshe’a”, pertencente à mesma raiz da palavra Josué, (יהושע) Y’hoshua, que tem o prefixo “Yod” (י) para “Yad” ou Senhor (יהוה) hwhy “Yahweh é Salvação”. Sabemos que é filho de Beeri, e que profetizou para Israel, Reino do Norte, nos últimos trinta anos antes do cativeiro. Evidentemente mudou-se para o sul antes do cativeiro em 722, foi contemporâneo de Isaías e Miquéias. Como Isaías, Oséias tinha uma família que foi usada pelo Senhor como “sinal” para nação quanto ao futuro julgamento e posterior restauração. Acredita-se que ele tenha sido natural do norte e que por isso conhecia as más condições existentes em Israel. Isto deu um peso especial à sua mensagem. 

Em uma análise cuidadosa percebemos que no nome do Profeta encontramos letras do nome do próprio Deus ou "tetragrama", isso demonstra que o próprio Deus era quem estava agindo na nação, não só o nome de Oséias contem letras do tetragrama, mas outros profetas, também, aparecem com o nome de Jeová imbuído em em seus próprios nomes.

Deus havia mandado Oséias tomar como esposa uma mulher que provou depois, ser inteiramente infiel, e que sofreu em grande medida as consequências de sua conduta. Que a narrativa é histórica não precisamos duvidar, porque não há motivo para considerar em parábola aquilo que as Escrituras narra como fato. Considerando este fato, vamos notar os nomes dos três filhos de Oséias: Jezreel, Lo-Ruama e Lo-Ami. Estes foram sinais para o povo, como também foram os filhos de Isaías. O Senhor deu instruções claras ao seu profeta sobre como dar nomes aos seus filhos. Sua intenção, mediante o sentido dos três nomes, era a de revelar a sua atitude ao seu povo.




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Prof. Anaildo Silva
Jornalista Profissional


sábado, 17 de outubro de 2015

TIPO E ANTÍTIPO


DEFININDO BIBLICAMENTE UM TIPO

I. DEFININDO O QUE É TIPO


A) TIPO

Objeto que serve de modelo, figura, exemplo, sinal ou sombra.

  1. A palavra grega tupos no NT aparece pela primeira vez no texto de (Jo 20.2.5) como sinal, "Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei". Aqui a palavra sinal é tupos (tipo).
  2. Aparece como exemplos em (I Co 10.6) onde diz: "Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram". 
B) ANTÍTIPO

Um antítipo é uma figura que representa uma coisa ou pessoa, e aparece, geralmente como um símbolo profético.

Ao longo do estudo o estudante aprenderá a fazer suas próprias descobertas definindo alguma coisa como tipo ou antítipo no Antigo Testamento. Nem sempre o estudante se depara nos textos da Bíblia em português com a palavra 'tipo' ou 'antítipo', como aparece no original.


James Hastings afirma que "ainda que
tupos e antítipo estejam no original, 'tipo' e 'antítipo' são termos teológicos e não termos das Escrituras. Teologicamente, tipo é uma pessoa ou coisa da dispensação do AT que representa e prefigura uma pessoa ou coisa no NT." (Hastings, Dictionary of the Apostolic Church, Scribners, Vol. II p 623).

1  Dependendo da versão bíblica que o estudante utiliza - e é recomendável que o estudante tenha pelo menos três versões diferentes - poderá observar as seguintes ocorrências de tupos no NT. 
  • Como "figura" aparece outras duas vezes em (At 7.43; Rm 5.14);b) Duas vezes como modelo ou padrão em (Tt 2.7; Hb 8.5);c) Em (At 7.44) aparece traduzida como modelo;d) A palavra "termo" é usada em (At 23.25);e) Uma vez aparece como "forma" em (Rm 6.17);f) E sete vezes como "exemplo" (I Co 10.6,11; Fp 3.17; I Ts 1.7; II Ts 3.9; I Tm 4.12 e I Pe 5.3). 
2   Três outras palavras do NT expressam a mesma ideia:
  • A primeira é "sombra" (Hb 10.1). Como se a substância ou a realidade estivesse no futuro lançando uma sombra sobre a velha realidade. Sombra é o resultado de um objeto. Uma sombra nunca é perfeita, porque dependendo do ângulo da incidência da luz sobre o objeto a sombra não reproduz o objeto. Por isso existem interpretações diferentes quando um modelo bíblico é visto apenas como sombra. Agora, na prática, basta seguir a sombra que se chegará ao objeto que a produz. No caso da Bíblia segue-se a sombra e chega-se a Cristo e Igreja. O mesmo acontece com os sinais. Um sinal, uma cura ou milagre aponta para o autor do milagre, Cristo. As pessoas costumam se agarrar ao sinal e esquecem que o sinal aponta para algo perfeito, para o Autor.
  • O segundo termo é "parábola" (Hb 9.9). O tabernáculo com seu serviço foi aceito como uma parábola para o tempo presente, mostrando a realidade que viria.
  • O terceiro termo é "cópia", palavra que denota um rascunho ou um desenho de algo futuro, invisível (Hb 9.23). O tabernáculo e sua mobília e serviço eram cópias ou rascunho das coisas celestiais.
C) QUAIS OS SENTIDOS DE UM TIPO?

Para que seja um tipo verdadeiro, devem-se buscar três qualidades essenciais:


Primeiro.
Tem de ser um retrato fiel da pessoa ou coisa daquilo que representa ou prefigura. Um tipo é o rascunho ou bosquejo da redenção, e deve ser bastante claro para se assemelhar ao antítipo. Por exemplo, Arão é um tipo obscuro do sumo sacerdote que aponta para o grande sumo sacerdote, Cristo, e o dia da expiação em Israel uma figura ou retrato da obra expiatória de Cristo (Lv 16).


Segundo.
Um tipo deve indicar algo divinal. Como tal deve servir de semelhança ao antítipo. Tanto o tipo quanto o antítipo são preordenados como partes do programa da redenção. Só Deus pode apontar os tipos.


Terceiro.
Um tipo sempre prefigura algo do futuro. Um tipo bíblico predito numa profecia possui a mesma substância e difere somente na forma. E deve ser distinguido entre um símbolo e um tipo. Um símbolo pode representar uma coisa do presente ou do passado, e também do futuro. Por exemplo: Os símbolos envolvidos na santa ceia apontam para o passado, para o presente e para o futuro. Um tipo sempre aponta para o futuro e deve conter um elemento profético ou preditivo em si.


A CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS:


Primeiro.
Uma coisa ruim não pode servir de tipo de uma coisa boa. Assim, os tipos de personagens bíblicos cujas vidas ilustram algum princípio ou verdade da redenção, são os positivos. Como Adão que é descrito como "figura do que haveria de vir" (Rm 5.14). Mais adiante o estudante encontrará algumas descrições de pessoas do AT que eram antítipos ou figuras de Cristo.


Segundo.
Os tipos históricos que se tornaram figuras e sombras que a Providência proveu para o futuro. Por exemplo. É possível usar a libertação da escravidão do povo do Egito; a jornada no deserto; a_ conquista de Canaã; a chamada de Abraão, a libertação etc. como tipo da igreja – Israel peregrinando no deserto; e de uma pessoa.


Abraão representa o homem que tem fé, mas também "os da fé" que são o povo de Deus.


Terceiro.
Os tipos ritualísticos como o altar, as oferendas, o sacerdócio, o tabernáculo e sua mobília. São coisas que prefiguram algo que aconteceria sob as bênçãos de Deus no NT. Há que se ter cuidado para usar as figuras no sentido correto.




Pr. Anaildo Silva

© 2015, Anaildo João da Silva




























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