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domingo, 22 de setembro de 2013

O Mal: Um Desafio Teológico e Filosófico

Segundo relato do Prof. Ms. Jairo da Mota Bastos, sobre o mal como problema filosófico, unidade, um, do Módulo dois, O mal: um desafio teológico – Filosófico, o problema do mal, é uma questão não resolvida na existência concreta do ser humano.  A humanidade, desde os tempos remotos, já convivia com esta realidade, é um problema que causa mal estar ao homem, porém, ele está presente em sua vida há todos os instantes. O grande dilema do homem, sempre foi essa presença ativa e incomodante que leva o indivíduo, até ficar sem metas para futuro, uma vez que, tudo será finalizado com a morte. “O mal sempre foi um problema central na filosofia e na religião” (ESTRADA, 2004, p.9), todas as religiões perceberam essa existência e, procuraram meios para neutralizar sua ação com práticas que deixa o homem isolado do mundo, Leibiniz, trata do mal em três abordagens: O mal metafísico, o mal físico e o mal moral.
            O mal metafísico: expõe a desarmonia humana com a realidade. “Porque o ser humano é descontente e insatisfeito com a sua experiência histórica e com o mundo”? A indignação do homem com a existência do mal, só será finalizada na morte, porém, a permanência, deste, continua presente no contingente. A morte é símbolo, por antonomásia, do mal metafísico. De acordo com Estrada (2004, p. 12), o homem como “ser-para-a-morte” sempre foi objeto de reflexão religiosa e filosófica. A morte é símbolo do mal! Por existir a permanência do mal na natureza, o homem, sempre procura meios para melhorar o seu ambiente de relacionamento, na busca por um mundo melhor.


O mal físico: está presente na vida dos homens, como também, na vida dos animais, conforme Estrada:

O sofrimento inerente à vida é aqui o problema radical, objeto da reflexão filosófica. A quantidade de sofrimento acumulado na história, a que se somam as catástrofes naturais, as doenças e a dor causada pelo próprio homem, é angustiante. Será que a evolução humana e o progresso da sociedade não são possíveis sem dor e sofrimento? Indaga a compaixão humana como rejeição e não aceitação do mal físico. O que a racionalidade pode fazer para o minimizar e, até mesmo, o superar? (2004, p. 11).



            O mal moral: tem relação com as ações do homem, a responsabilidade e sua liberdade. O mal moral está na ação da negação de aplicar as normas estabelecidas, pela livre ação da omissão dos valores éticos e morais. O mal físico é o sentir a dor insuportável da morte, esta, é uma realidade e não um mito. O mal moral desperta nas pessoas o desejo de lutar por um mundo mais justo para todos; os sentimentos de culpa, remorso e pecado levando-nos à projeção do mal para fora de nós procurando bodes expiatórios individuais e coletivos nos quais descarregamos nossos pesos. 

Prof. Anaildo J. Silva Th. M
ITEP -  Instituto Teológico de Ensino e Pesquisa


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